Foi indicado como um dos melhores espetáculos infantis em cartaz, no Rio de Janeiro, na sua estreia, em 2004, e também em 2005 e 2006, quando esteve novamente em cartaz. Nele apresentamos Contos, Mitos, Lendas e Histórias da Tradição Oral Africana, numa pesquisa que reúne histórias, de diferentes regiões da África, numa geografia não cartográfica, mas afetiva, religiosa e de tradições.
São oito histórias, que estimulam a imaginação e a criatividade, e contam um pouco da cultura e mística dos povos africanos que nos formaram. Do panteão afro-brasileiro, trazemos Euá, Irôco e Iemanjá, que falam da criação do mundo e da maneira respeitosa com que esses povos tratam a natureza e seus mistérios. Uma Cinderela egípcia, tirada dos papiros, se une ao griot, representado por um boneco, que brinca, dança e encanta crianças e adultos, convidando todos a participarem.
O espetáculo volta a estar em cartaz, no Rio de Janeiro, em 2014, no Teatro Dulcina, depois de ter percorrido quase todo o Brasil e ter participado do Ano do Brasil em Portugal, em 2013.
Pela sua natureza de contar histórias, o espetáculo estimula a imaginação e a criatividade, além de incentivar a leitura. É um espetáculo que exalta as nossas origens culturais, e é de grande valia para os professores utilizarem como tema de trabalhos escolares. Especial também para ampliar o diálogo entre pais e filhos. A classificação é livre, e indicado a partir de 4 anos. É um espetáculo para toda a família.
Direção de Cacá Mouthé, interpretação e adaptação de Priscila Camargo, que é acompanhada pelos músicos: Marcelo Daguerre e Anderson Vilmar. Chico Spinosa, fez cenários e figurinos e Aurélio De Simoni, a iluminação. A Direção Musical e a Coreografia são de Via Negromonte.
Sinopse
História de Euá – É conhecida como a Deusa das Transformações. É um Orixá, que representa a Mãe protetora dos Artistas, das artes e da beleza. Ela aparece trazendo o sonho, o faz-de-conta e a perpetuação da arte de contar Histórias. (África Ocidental: Nigéria e Benin).
História de Irôco – É representado por uma árvore sagrada que abriga homens e divindades. Dizem que foi a primeira a ser plantada, simbolizando a “árvore da vida”. Ela caminha, dá conselhos e protege os necessitados. Tem raízes profundas no Aiê (Terra) e os galhos no alto do Orum (Céu). (Nigéria e Benin).
História de Iemanjá – É uma Lenda sobre a criação das ondas do mar. Orixá mais conhecido dos brasileiros, também do legado dos nossos afro-descendentes, é a Grande Mãe de todos os Orixás. Diz a lenda, que ela criou como se fossem seus, os filhos de outras mulheres. (Nigéria e Benin).
Só Deus é Rei – É uma História vinda do norte muçulmano da África. A fé de um homem do povo vence a arrogância de um rei. (Marrocos e Tunísia).
A Raposa e a Serpente – Essa fábula sugere como esses dois animais deixaram de ser amigos. É atribuída também ao Centro e ao Sul da África. (Quênia).
A História de Nitócres – É a saga de uma Cinderela Egípcia. Com certeza mais antiga que a ocidental, pois essa História foi encontrada nos antigos papiros e data de 2350 A.C. É cheia de emoção, música e poesia. (Egito).
A Pedra com Barba – De forma inusitada, com humor e magia, os bichos nos “pregam uma peça”. (Senegal).
Os Riscos Mágicos – Uma História Etíope, recontada em Angola, pelo escritor Dario de Melo, escritor Angolano e adaptada por nós, ela nos traz uma charada:
“O que é o que é? Pode ser comprado com uma moedinha, cabe num bolso, mas enche uma sala do chão até o teto?”.
Quer saber a resposta? Venha assistir ao espetáculo!